FLORES, MARIPOSAS

Por César Antonio Alurralde


Flores

Com a primavera, haviam chegado as primeiras flores. A explosão de pétalas iluminou a casa sombria. Era fácil observar a ausência de mariposas sugando seu néctar, assim como o zumbido alegre das abelhas e o trinar agitado dos pássaros.

Quando trouxeram a última coroa da floricultura, o cortejo já havia partido rumo a sua longa viagem sem volta.



Mariposas

O sol banhava a tarde dourando de luzes a campina. A folhagem se derramava em uma torrente de esmeralda, enquanto as flores esperavam pacientes suas mariposas que, com as asas presas, pousavam atravessadas por um alfinete, mostrando sua quietude mortal atrás do vidro do quadro.
 
 
Tomado de Cuentos breves
 
Traduzido ao português por Angela Schnoorr

1 comment:

Angela said...

Obrigada Stefano,
contos lindos estes de Alurralde.
Vou enviar para Buenos Aires, a quem me apresentou o autor.

Você carregou nos Rs de meu nome,me senti mais germânica que nunca! :D